sábado, 18 de janeiro de 2020

Leitura Já! Contos da Carochinha (Figueiredo Pimentel)



Semana 03 - Contos da Carochinha (Figueiredo Pimentel)


Acervo pessoal

Contos da Carochinha, de Figueiredo Pimentel, foi o primeiro livro infantil publicado no Brasil em 1894. Tal volume reúne várias histórias infantis conhecidas como João e Maria, Pedro Malasartes, O Barba-azul, O Gato de Botas, Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno Polegar, A Gata Borralheira, A Bela Adormecida, Branca de Neve, A Bela e a Fera, O Pé de Feijão, A Formiguinha e a Neve, A História de Dona Carochinha.
Algumas dessas histórias possuem alguns elementos diferentes das versões que conhecemos, como veremos a seguir.
Na história A Bela Adormecida do Bosque não há o beijo do príncipe que desperta a princesa. Ele chegou ao palácio após os cem anos da princesa adormecida. Em O Pequeno Polegar, não há menção às botas de sete léguas. Em A Gata Borralheira, a fada madrinha que dá o vestido e a carruagem também não existem. O vestido caiu de uma roseira mágica e os sapatinhos são de ouro e não existe a carruagem.
Na história da Branca de Neve, a madrasta má tentar matar Branca de duas formas: com um colar tentando estrangular a princesa e com a maçã envenenada. Depois de comer a maçã e ser dada como morta, os anões a colocaram em um esquife de cristal e a puseram em uma montanha.
Anos mais tarde, um príncipe a encontrou e quis levá-la para seu palácio, mas um tropeço dos carregadores fez com que o pedaço de maçã caísse da boca de Branca, fazendo-a despertar e se casar com o príncipe, diferentemente da versão que conhecemos em que o príncipe desperta Branca de Neve com um beijo.

E por fim, A História da Dona Carochinha nos mostra uma batatinha diferente da Carochinha apresentada na obra de Lobato, em que a personagem é mal humorada e guardiã dos personagens dos contos de fadas.
Na história do livro de Figueiredo Pimentel, a Carochinha encontrou um dinheiro perdido e o usou para encontrar um marido, mas no dia do casamento o tal marido caiu em um caldeirão de toucinho e morreu cozido. Talvez essa tragédia tenha deixado a baratinha tal qual descrita por Lobato.

No final do livro, há uma história chamada O Diabo e o Ferreiro que é parecida com a história de Stingy Jack, do mito de Halloween, em que o ferreiro consegue enganar o diabo e no fim, fica vagando pelo mundo por não poder entrar nem no céu nem no inferno.

Vale a pena ler!



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