Semana 03 - Contos da Carochinha (Figueiredo Pimentel)
Acervo pessoal |
Contos da Carochinha, de
Figueiredo Pimentel, foi o primeiro livro infantil publicado no Brasil em 1894.
Tal volume reúne várias histórias infantis conhecidas como João e Maria, Pedro
Malasartes, O Barba-azul, O Gato de Botas, Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno
Polegar, A Gata Borralheira, A Bela Adormecida, Branca de Neve, A Bela e a
Fera, O Pé de Feijão, A Formiguinha e a Neve, A História de Dona Carochinha.
Algumas dessas histórias
possuem alguns elementos diferentes das versões que conhecemos, como veremos a
seguir.
Na história A Bela Adormecida
do Bosque não há o beijo do príncipe que desperta a princesa. Ele chegou ao
palácio após os cem anos da princesa adormecida. Em O Pequeno Polegar, não há
menção às botas de sete léguas. Em A Gata Borralheira, a fada madrinha que dá o
vestido e a carruagem também não existem. O vestido caiu de uma roseira mágica
e os sapatinhos são de ouro e não existe a carruagem.
Na história da Branca de Neve,
a madrasta má tentar matar Branca de duas formas: com um colar tentando
estrangular a princesa e com a maçã envenenada. Depois de comer a maçã e ser
dada como morta, os anões a colocaram em um esquife de cristal e a puseram em
uma montanha.
Anos mais tarde, um príncipe a
encontrou e quis levá-la para seu palácio, mas um tropeço dos carregadores fez
com que o pedaço de maçã caísse da boca de Branca, fazendo-a despertar e se
casar com o príncipe, diferentemente da versão que conhecemos em que o príncipe
desperta Branca de Neve com um beijo.
E por fim, A História da Dona
Carochinha nos mostra uma batatinha diferente da Carochinha apresentada na obra
de Lobato, em que a personagem é mal humorada e guardiã dos personagens dos
contos de fadas.
Na história do livro de
Figueiredo Pimentel, a Carochinha encontrou um dinheiro perdido e o usou para
encontrar um marido, mas no dia do casamento o tal marido caiu em um caldeirão
de toucinho e morreu cozido. Talvez essa tragédia tenha deixado a baratinha tal
qual descrita por Lobato.
No final do livro, há uma
história chamada O Diabo e o Ferreiro que é parecida com a história de Stingy
Jack, do mito de Halloween, em que o ferreiro consegue enganar o diabo e no
fim, fica vagando pelo mundo por não poder entrar nem no céu nem no inferno.
Vale a pena ler!
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