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A
obra Histórias Diversas, de Monteiro Lobato, foi publicada em 1947 e
apresenta contos que o autor escreveu quando morou em Buenos Aires.
No
primeiro conto, o Pequeno Polegar deixa o Mundo das Fábulas e vai à cidade
procurar um sapateiro para consertar uma das suas botas de sete léguas que está
desarranjada e só anda uma légua. O narrador, que não se identifica, mas ao que
parece é o próprio Lobato, depois de acompanhar o Polegar a uma sapataria e uma
relojoaria, sem sucesso, resolvem ir ao Sítio do Picapau Amarelo, pedir a ajuda
de Emília, que resolveu com o seu famoso faz de conta.
O
segundo conto fala da Rainha Mabe na obra de Shakespeare que Narizinho pega
dona Benta lendo. A primeira fala da avó para a menina, que está admirada por
vê-la lendo um livro antigo, é que “as obras dos grandes gênios não envelhecem
nunca e são para todos os tempos”.
O
conto seguinte apresenta uma violeta que nasceu branca no meio de violetas
roxas, plantadas pela Emília, que se acha superior às outras por ser diferente.
Daí Emília fala para ela que a única diferença que ela tem das irmãs é a cor, pois
nasceu da mesma espécie de planta, tem o mesmo formato da pétala e o mesmo cheiro.
Em meio aos discursinhos discriminatórios da violeta branca, o sábio Visconde
lhe mostra que não é melhor que as outras, pelo contrário, as outras têm pigmentos
roxos e ela não tem.
A
quarta história narra a criação do Visconde de um objeto que permite ver coisas
invisíveis a olho nu: o Periscópio do invisível, que não durou muito, não é Marquesa?
Na história seguinte, uma jaca caiu em cima do Visconde, que teve de ser refeito
por tia Nastácia. No conto seguinte, A Lampreia, Visconde faz experiências nas árvores
do pomar, a fim que nelas nasçam mais de um tipo de fruta.
O
sétimo conto narra mais um invento do Visconde: uma máquina que consegue ler o
pensamento dos animais. No oitavo conto, é apresentada uma festa que a Branca
de Neve ofereceu para o Gato de Botas, com a presença de vários personagens no
país das maravilhas. A festa acabou com uma confusão criada pelo Gato de Botas perseguindo
o rato Mickey.
No
nono conto, A Reinação Atômica, Emília está perdendo o cabelo e o Visconde
descobre que ela usou o pó de pirlimpimpim para ir até a Ilha de Bikini depois
da explosão experimental da bomba atômica em 1946 feita pelos Estados Unidos.
Nessa história, o autor faz um alerta sobre os perigos da radiação provocada
pela explosão da bomba atômica.
O
texto seguinte, As Ninfas da Emília, a bonequinha retorna ao reino da deusa Flora,
depois da viagem que fizeram para acompanhar os trabalhos de Hércules, para negociar
a troca de algumas ninfas pelo Visconde. A boneca pede para tia Nastácia fazer
um boneco igual ao Visconde e o leva para a deusa. Ela percebeu a enganação de
Emília e mandou o vento Éolo ir buscar as ninfas, mas Emília as fez entrar nos
troncos das árvores e elas não foram varridas pelo vento. Ponto para Emília.
No
texto O Centaurinho, são narradas as aventuras de um centauro que veio da
Grécia Antiga com a turminha depois dos trabalhos de Hércules. E, por fim, no
último conto, O Museu da Emília, Lobato apresenta uma peça teatral em que Emília
desafia o lobo mau da Chapeuzinho, ele vai até o Sítio, tenta invadir a casa e
é expulso pelo rinoceronte.
Finalmente,
essa é a minha indicação da semana.
Boa
leitura!
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